quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

No dia seguinte tive medo de lá voltar, mas a curiosidade falou mais alto, pois não era alguém, era...ele. Ainda me lembro o que li no livro, e isso basta para ter noção daquilo que me pode acontecer. Secalhar, nem me importava.
Esgueiro a minha pequena cabeça pela esquina. Aprecio-o. Sentado(com um dos seus vicios humanos predilectos numa mão, e na outra) bebe o seu cocktail, Lúcifer Crescente (vodka, tequilla, sumo de laranja, sumo de tomate, tabasco, Tio Pepe, Grand Marnier, canela e um pimentão-de-carena). Movida pela adrenalina, decido entrar.
-Era o mesmo que este senhor.-digo para o "pinguim" atrás do balcão.
-A esta hora não devias tar a estudar? São 18H.- Bafeja.
-Acabei de acordar. E por hábito gosto de me encontrar com pessoas com Síndrome de Tourette...
Olha para mim, sério, mas com ar parvo. Desvio.
-Não sabia que bebias.
-Claro que sabias! Fizeste-me ficar de rastos em Castelo Branco.
Só esboçou um pequeno, mas maléfico, sorriso de meia boca. Cabrão.
-Ainda não te fartaste de engolir cauda de caralho?
Acho que não percebeu.

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